sábado, 22 de dezembro de 2012

losing my religion, ainda bem

A religião está ligada a sociedade desde o aparecimento dos primeiros seres humanos. Cada uma contém uma explicação para a condição do mundo e o seu surgimento, além das atitudes dos seres humanos e alguns outros entendimentos do que é a vida. Para se ter uma religião, é preciso aceitar crer em algo que não é aceito por todos, e isso as vezes é esquecido pelas pessoas, elas esquecem que a verdade absoluta é na verdade algo trancado a sete chaves e que só se tem acesso (possivelmente) após a morte. Por isso a fé existe, para que essa verdade seja acreditada mesmo sem uma comprovação visual. É da natureza do homem só acreditar naquilo que ele vê, ou naquilo que ele sente. É difícil compreender o que os fiéis sentem, quando você ainda está repleto de dúvidas em questão as histórias das religiões que a sociedade te apresenta, mas agora eu sei que tem um momento na vida em que você sente a presença dessa verdade, e é aí que tudo muda. 
Tem uma velhinha, com saia até o joelho e terço na mão, que acorda cedo todo o domingo pra assistir a missa das 8:30. A mãe dela a ensinou que igreja é lugar de respeito, e por isso a saia comprida preta-acinzentada. É, cada um tem sua ideia do que é ter respeito. Ela está sempre na primeira fileira de bancos, de frente com o padre, olhando nos seus olhos e cantando de cor as músicas de glória. Eu olho pra essa velhinha de longe, ela fecha os olhos em oração e eu vejo seu corpo respirar em suspiros, vejo aquelas palavras proferidas pelo padre entrando no coração dela, e a fazendo uma pessoa melhor. E foi assim que eu vi como a fé se prolifera, entrando no coração das pessoas e acendendo uma chama que te faz querer ser melhor pra si mesmo e para os outros.
O objetivo principal das igrejas deveria ser tornar as pessoas melhores a partir dos ensinamentos impostos. mas seria muito ingenuo de acreditar que isso realmente acontece em todas as igrejas. O mundo está conturbado, e isso não é segredo e nem deve ser escondido. Os princípios são outros, muitas pessoas ainda não decidiram e nem se incomodam em ir atrás do que faz sentido a elas e aceitam serem manipuladas pela sociedade. Aconselho a todos a irem atrás do que parece fazer sentido, e guarda-lo no coração. Seja isso em Jesus e Maria, nos espíritos, nas energias, na natureza. Ou seja nisso tudo junto. Não há problema algum  em misturar, escolher e analisar o que elas nos contam. Na verdade, isso é crucial para que você encontre a sua fé, e não termine como uma criança que copia tudo o que os pais fazem e não sabe o significado de metade do que te dizem, apenas concorda balançando a cabeça. Ache o que te faz feliz, isso é o que realmente importa.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

maldita flor do dia

Como eu odeio isso. Eu sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer, tava bom demais pra ser verdade. Essas três semanas foram ótimas, não esperava que minhas férias começassem tão bem. Parece, agora, que a mágica do verão perdeu o seu brilho, os dias que antes eu vivia tranquilamente sem pensar no futuro caíram no esquecimento, e o meu lado sombrio tomou conta do final de Dezembro. É relativamente fácil explicar esse sensação, adjetivos não faltam. Eu me sinto irritada e chateada com algo que não é totalmente translúcido e real, mas que eu sei que existe. O tempo parece que se arrasta, e de vez em quando ele se prende por instantes de distração, Janeiro parece distante, Janeiro parece ter o tamanho da Rússia. Sim, eu estou chateada e sim, eu me importo. Apesar de eu reconhecer que é besteira se chatear com coisas assim, eu realmente queria que os meus amigos tentassem mais, porque as vezes parece que eu sou a única interessada em matar saudades. Estou chateada pelos planos feitos e desfeitos. Me sinto sozinha. Me sinto refugiada e presa. Não tenho vontade de sair no sol, ficar sozinha no meu quarto é mais reconfortante. O dia era monótono e eu não ligava, o dia continua monótono e eu tenho vontade de chorar. Cadê aquela ansiedade para os preparativos do natal? Cadê aquele calor no coração, só de pensar no quanto vai ser legal esse final de semana prolongado? Porque eu tenho que ficar me pondo pra baixo, sabendo que não vai ser tão ruim assim? Não vai ser tão ruim assim. Na verdade, não é ruim. É o que eu gosto de fazer. Não acordar tão tarde, ler, ver filme, jogar the sims, caminhar, ouvir música. Ter vontades loucas no meio da madrugada, viajar nas ideias. Ter um impulso de criatividade, ficar de pijama. Poxa, eu gosto dessas coisas. Uma vez ou outra arranjar um lugar pra ir, alguém pra ver. Organizar meus problemas, espairecer. Eu realmente não sei do que eu estou reclamando. Talvez seja saudades, e carência. Eu bem que queria que você curtisse todas as minhas fotos e falasse comigo no twitter. Mas isso nunca acontece, e só agora eu resolvi sofrer demasiadamente mais por conta disso. É, é TPM mesmo.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Desabafo número dois

Estou pronta pra nadar contra a correnteza, de balançar meu cabelo no sentido contrário ao vento, de pintar meu corpo de branco enquanto o mundo todo se encharca na tinta preta. Quero aprender o verdadeiro valor das coisas, quero me conformar com a pessoa que eu sou, quero me superar. Não vou perder meu tempo com pensamentos negativos e conversas de má fé e ideias incomuns com os meus valores. Vou aprender a ignorar os sentimentos que fazem mau à minha alma e largar no esquecimento os meus arrependimentos. Eu quero um início novo, quero renovar. Quero me manter próxima de quem eu amo, mesmo que nem todos os nossos valores sejam iguais. Quero respeito. Quero passar o que eu sou para as pessoas. Quero me desafiar, me lançar metas e conhecer meus limites. Vou dedicar o meu tempo procurando o que me interessa, e não o que supostamente interessa aos outros. É, os mais experientes já diziam que querer não é poder, mas como eu já disse, eu to pronta pra provar pra mim mesma que eu posso.

O que Shiva me ensinou

Acordei as 7:15 da manhã no sábado chuvoso de dezembro, olhei ao meu redor, os olhos embaçados tentando assimilar as luzes e móveis do quarto escuro, enquanto minha mãe à porta murmurava palavras que eu não necessariamente entendia, mas sabia que eram pedidos para eu me levantar, e avisos de que estávamos atrasadas. Meu cérebro e meu corpo reclamavam das poucas horas dormidas, mas eu os reprimia enquanto cambaleava ao banheiro. Uma corrente gelada de vento entrou pela janela, fazendo com que os poros da minha pele estremecessem  e todos os pelos adquirissem uma estrutura rígida. O rosto demonstrando uma fusão de sentimentos negativos como consequência da noite mal dormida. não me importei de pentear o cabelo.
Eu gostava das aulas de yôga aos sábados de manhã, e sabia que iniciaria a turma de SwáSthya naquele dia, porém não sou uma criatura de hábitos matutinos e a luz incomodava meus olhos e só auxiliava para que meu humor descesse ralo abaixo. Minha mãe sempre foi o oposto de mim em relação a isso, no caminho ela cantarolava e batucava no voltante do carro, e eu ia me encolhendo e guardando em mim mesma esses sentimentos amargos.
Me senti a vontade na sala retangular com os desconhecidos sentados a minha volta, procurei um lugar estratégico e me acomodei no tatame azul, com as pernas cruzadas e fazendo uma respiração devagar e completa. As pessoas eram simpáticas e mais velhas que eu, e conforme entravam na sala cumprimentavam cada aluno e desejavam bom dia. As duas horas de aula passaram voando, aproveitei cada energia, cantei o mantra e acompanhei com palmas e com espírito. Desejei boas energias a instrutora e aos meus colegas. Desejei e visualizei minha vida ideal, uma pessoa saudável e com boas maneiras, alguém que não leva maus sentimentos na alma, que vive a vida em prol dos próprios valores, e que tenta passar esse dom e essa luz para as pessoas próximas. Desejei uma vida em que não houvesse pensamentos ruins com relação aos outros, que não houvesse julgamentos, que houvesse aceitação. Me visualizei sendo uma amiga melhor, uma filha e irmã melhor. Uma pessoa melhor pra mim mesma e para os outros ao meu redor. Alguém também com uma cultura aprimorada, com um conhecimento mais estruturado. Alguém mais feliz.
Meu coração se encheu dessa energia, e o que eu mais queria era sentir isso pelo resto da minha vida, essa paz indescritível. Cheguei em casa e entrei nas redes sociais, tive uma breve recaída, por um momento esqueci desses valores novos, mas logo me recuperei e lembrei a mim mesma das minhas prioridades. E cá estou eu, querendo compartilhar e deixar marcado esse sentimento tão pleno, uma alegria que chega longe de ser eufórica e breve, mas sim plena e suficiente. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Me deixa sozinha por um tempo, deixa eu por as conversas do meu subconsciente em ordem, por favor. Você não tem noção do quanto eu esperei por um momento de calma, de maré baixa. O mundo me distrai em quanto eu tento decidir o que fazer. Agora achei um cantinho tranquilo, dois meses de sonos completos e, quem sabe, uma aceitação de que eu parei de lutar, que eu perdi. É uma parte da minha vida que eu pretendo deixar pra trás, não que nada tenha valido a pena, porque você sabe que não foi assim.
Eu conquistei um amigo engraçado e bonzinho, que compartilha dos mesmos gostos que eu, que dentro dessa massa incolor de gente igual, ele se sobressai com o sorriso torto e as orelhas de abano. Meu amigo, em primeiro lugar. Ah, como eu queria que fosse só isso. Como eu queria que não houvesse segundas intenções na única pessoa do sexo oposto que se interessou por uma pessoa -aparentemente- sem graça como eu. Não levarei ao caso se um dia você já compartilhou dos mesmos sentimentos que eu, porque isso não é mais importante, apesar das pessoas (tristes criadoras das minhas ilusões e desilusões) afirmarem que a gente combinava. Palavras doces, não? Sim, e na época eu podia passar a manhã toda dos dias de semana refletindo e analisando elas, além dos falsos sinais que você me mandava. 
Eu sei que estou aos poucos me desprendendo desse romance platônico, é um processo lento que só se deu início quando a ficha que se equilibrava tremula no meu cérebro, caiu. Foi no decorrer de uma sequencia de dias que eu entendi que não era pra ser, que o destino começou a me mandar alertas para seguir em frente. Foi uma sequencia de dias repleto de ciúmes, ciúmes amargo que me corroía de dentro pra fora, a dor psicológica de um coração se fazendo em mil pedaços. "This is breaking my heart", eu dizia pra minha vizinha de carteira, os olhos murchos encarando o vazio, evitando não olhar pros dois conversando e achando coisas em comum. Ela olhava pra mim, e com uma voz baixa e suave respondia "Let it go".   

sábado, 24 de novembro de 2012

Quando se é uma pessoa desprovida de complicações, as pessoas complicadas simplesmente são intoleráveis. O que mais me irrita nesse tipo de pessoa são as precipitações. Poxa, gente, tenham certeza, depois vão quebrar o barraco. O resultado é esse: gente levando culpa pelo o que não fez, fruto de histórias mal contadas e gente precipitada. Se amizade é tão importante, porque você ta tão disposta a desistir dela, apenas com fatos imprecisos? Complicated people, complicated people everywhere.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Edredom cor de uva, cama na parede, luz fluorescente. Computador no colo, iTunes, "If you don't know who you are, you can tchubadubada". Papel de bala jogado por aí, simulado da fuvest recém corrigido, 41. Mentos (quase) totalmente devorado. Barulho de televisão, filme "O Palhaço", nacional. Peso no coração, suspiros correndo no vento, emoções a flor da pele. Perguntas sem resposta. Será? Choro preso na garganta, raiva, ciúmes, tristeza, bloqueio. Vou direto ao ponto e ao mesmo tempo finalizando com a seguinte pergunta: quando foi que eu te perdi pra ela, se é que eu te tive algum dia?

"Vou fazer cena amor,
Pra ver
Se vale a pena a dor
Só pr'eu ser tema desse teu compor.
Não sou assim amor,
Foi só
Uma maré ruim,
Perdoa o drama,
E não desiste de mim.
Você quando chamou, eu não pude ir,
Eu tive muito medo na hora
E hoje eu sou culpada.
E eu, que fico à flor da pele,
Sem querer,
Eu tenho um coração vulcânico
E sempre acabo errada.
Não, não diga que eu lhe trato mal,
Eu tento tanto te fazer feliz,
Mas acontece qu'eu sou desastrada.
Não, eu nunca quis te machucar,
Prometo pra você deixar de cena,
Acho que eu só quero ser amada.
Vou fazer cena amor,
Pra ver
Se vale a pena a dor
Só pr'eu ser tema desse teu compor."
Apenas isso e nada mais.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Desabafo

Aquele sentimento de que não estou fazendo meu melhor me rodeia na noite quente de quarta. O calor ao mesmo tempo que me aquece e me conforta, traz calafrios que descem pelo pescoço. A vida parece ser tão injusta. O certo, e o que acontece com as pessoas a minha volta, é que quando você tenta, você alcança. Porque será que comigo é diferente? No meu mundo, tentar é dar o meu melhor e ainda assim não ser boa a nível de destaque. As vezes eu tenho muita vontade de ser ponto de referencia. Não com o propósito de chamar atenção, mas principalmente por ter um trabalho reconhecido. Quero ser reconhecida. Quero ser boa, quero me superar, quero ser especial. Porque nunca tive direito de um sentimento assim? Sou normal demais. Normal. Que nem chuva de verão, intervalo político que todo mundo olha e boceja, arroz com carne e filme do Tim Burton com o Jhonny Depp. Só normal, a mesma coisa. Isso me deixa chateada, me faz querer chorar e transparecer, gritar pro mundo que eu to triste. Mas como qualquer pessoa comum, guardo pra mim mesma, sento no escuro e fico lá, até passar. Da vontade de desistir, ser fraca, pegar os papeis e rasgar em mil pedaços. Mas aí o lado bom do meu subconsciente me diz pra continuar tentando, mesmo que eu não seja a melhor. Continuar tentando pra eu acompanhar a multidão. Não tem sentimento pior do que o de ser deixado pra trás, o de ser o pior. Vou dormir, amanhã é um novo dia e nova chance de recomeçar, parar de sofrer e seguir com a vida. Tchau.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A vida é tão bonita e interessante. Mais que isso, assim como a natureza, a perfeição está estampada nos seres vivos. Acredito (ou tento acreditar) que o homem seja bom, que seus instintos e sentimentos são puros, e que o que os torna gananciosos e sem amor é a própria condição da sociedade. Talvez o mundo era pra ser do jeito que é, poluído, com pessoas agindo de forma desumana e tudo fora dos eixos. Talvez esse seja um comportamento já esperado do ser humano. Talvez, ainda, isso acontece porque o mundo realmente precisa se renovar, e isso é impossível de acontecer sem que algo se esgote e acabe. A minha teoria sobre o fim do mundo é essa: os próprios seres humanos acabarão com a vegetação e com tudo que nos é necessário para a sobrevivência. Isso poderá levar milhões de anos, já que nossa espécie é a que mais luta pela sobrevivência, a que mais teme a morte, naverdade, a única que tem consciência dela. Eu não temo a morte. Eu não temo a vida. Eu não temo doenças. Meu coração está em Deus, a força divina que gerou tudo isso. Minha alma está guardada, junto com toda a minha família e ancestrais. Eu realmente não tenho o que temer, estou em boas mãos, tanto aqui quanto lá. Vivo minha vida do jeito que acho me traz amor e felicidade, não preciso de mais nada.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Eu não agüento mais esses pensamentos que sobem na minha cabeça e não são completos, são apenas trechos inacabados que eu me recuso a pensar. Porque minha cabeça não é mais vazia e simples que nem de muita gente? Porque eu tenho que pensar tanto? Um dia ainda vou ser internada num hospício por não conseguir viver na própria companhia. E tudo por causa dessa pessoa que me atormenta todos os dias da semana. Eu fico nesse dilema eterno de desistir ou me entregar, e ele não ta facilitando. As vezes eu preferia que ele simplesmente desaparece da minha vida, seja nas redes sociais, seja de espaço, de ares, de tudo. Eu ia sofrer? Ia, e muito. Ia ficar correndo por aí alucinando que ele tinha passado na rua, que tinha ouvido sua voz. Tudo mentira. Tudo minha cabeça pregando peças nos meus sentimentos. A culpa não é só dele, que ou é muito indeciso ou não da a mínima pra mim. A culpa é mais minha, que não consegue criar forças pra desistir. Eu preciso de apoio. Seja moral ou espiritual. Pela primeira vez na vida eu preciso que alguém me diga o que fazer.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Primórdio

É interessante essa fase da vida onde a gente começa a descobrir a si próprio e ao mundo, reconhecendo fatos que sempre estiveram presentes, mas que na infância eram totalmente passados despercebidos. Assisti o filme da Barbie alguns meses atrás, foi um desses ataques de nostalgia e carência daquela sensação de tranquilidade, onde tudo parecia, e era, simples. Enquanto eu assistia e ao mesmo tempo relembrava essa sensação maravilhosa, fui percebendo o quanto eu tinha mudado. Não tem nenhuma ligação a nostalgia com essa sensação, porém de qualquer forma, mergulhada em pensamentos sobre a infância e ligando um acontecimento ao outro, cheguei nessa conclusão.
Eu era uma pessoa muito diferente a um ano atrás, mais precisamente antes das férias de Julho, era uma pessoa menos preocupada. Eu levava uma rotina precária e com muito tempo livre, "estudando" de manhã (10% da aula era o que eu ouvia, no tempo restante eu ficava fazendo outra coisa, já irei comentar sobre isso) e fazendo o curso de inglês de tarde, tudo isso de uma forma muito meia-boca e, como já foi dito, despreocupada. Eu era mais tímida, mais quieta, mais presa. Sempre fui inteligente e pensativa, mas na época era tudo de uma forma muito ingênua. Nunca brigava com as minhas amigas pois não via mau nelas, não conversava com os meninos porque eu tinha vergonha, não saia de sexta a noite porque não tinha lugar pra ir e ninguém organizava nada. Isso era a minha vida e eu não via nada de errado nela. Bom, pularei o mês de Julho e Agosto porque o que aconteceu comigo nesse período de tempo requer mais tempo de reflexão e talvez uma outra postagem sobre o assunto. Eu quero chegar no período onde eu percebi que eu havia mudado, e foi quando começou a época em que eu chamo de "turbulência", a qual ainda estou passando. A turbulência nada mais é do que o choque de pensamentos obscuros que eu tenho com mais frequência nos períodos de carência do mês (vulgo TPM), e que pode ser resumido em: as pessoas me irritam e meus amigos me decepcionam, o que é o mundo, futuro me deixe em paz, será que sou boa o suficiente, quero ser especial, porque ninguém me quer, entre outras questões depressivas. Eu não sei dizer com precisão porque eu penso tanto, talvez a culpa seja do fato de eu raramente botar tudo isso pra fora e a  minha falta de capacidade de expressão.
Esse texto está servindo como desabafo e é assim que eu pretendo começar a minha retomada na escrita: colocando tudo o que eu sinto em forma de palavras para que eu consiga organizar a minha vida. Eu tenho essa mania de organização de rotina, que é outra coisa que me irrita e que surgiu depois dos dois meses que eu pulei no paragrafo acima. A única coisa que eu tenho certeza no momento é que eu sou e estou com a cabeça confusa e delirando por uma vida mais simples. O que a vossa senhoria do júri (o qual eu temo que seja eu mesma) precisa saber é que eu to doida pra falar de um assunto e que até agora eu só empurrei com a barriga. O fato é que eu já falei demais e percebi que esse assunto tão esperado requer outra postagem especialmente para ele, sem delongas. Então eu termino aqui a primeira parte desse processo de desabamento, e espero que o próximo seja mais fácil de contar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As vezes essa dúvida fica martelando na minha cabeça, me impedindo de pensar naturalmente, e isso me deixa com a mente insana. Todos os dias, tarde da noite, passa pela minha cabeça que talvez eu não me conheça completamente, eu fico com medo de não saber o que eu sou, do que eu gosto. Eu não sei, de verdade. Eu não tenho decisões, eu não penso nada sobre nada, não tenho opinião, eu não tenho um estilo. Eu sou um ser indiferente. Porém, eu sei o que acho certo, sei o que é errado, sei se as pessoas estão no rumo certo ou não. Eu só queria saber meu estilo, não descobri um ainda. Talvez eu seja do tipo simples, delicado, nada vulgar, romântico. Mas me fascina muito um estilo largado, eu sou meio largada, me fascina aquelas pessoas meio indianas, meio espirituais, simples e alternativas. Talvez eu seja assim, só não consigo enxergar isso ou tenho medo que os outros enxerguem. Sou envergonhada pra tudo, é meu maior defeito. Mas esse ano eu decidi que não vou ser mais assim, vou ser feliz do meu jeito.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Live and let live

Já pararam pra pensar que talvez nós estivéssemos preocupados demais com os detalhes de tudo? "O importante é ser feliz", essa frase na verdade não é muito concreta, porque existem mas e poréns entre ela. "Ser feliz é amar o simples", "ser feliz é fazer o que gosta"... não é bem isso, a gente nunca vai conseguir seguir essa única frase e levar ela pra vida toda, por mais que a gente tente, as coisas vão muito mais além do que isso. Eu andei pensando, o ser humano não consegue ser simples, a cabeça do próprio é cheia de complicações e pensamentos contraditórios por natureza, o que faz tudo muito mais difícil de se enfrentar. A gente nunca vai conseguir ser simples, somos complexos. Talvez a solução seja pensar menos, deixar as coisas fluirem, e pensar que tudo tem seu rumo, deixar a vida levar. Outros dizem que devemos construir nosso futuro, é óbvio que não dá pra ficar parado e deixar o mundo correr. É, a solução não é exata, o jeito é fazer o que achamos correto e o melhor pra nós, viver o hoje, com a consciência limpa e a alma em harmonia. Só viva.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Meu Amor

Amor, senta aqui do meu lado por um instante, eu tenho coisas a dizer. Sabe, eu andei pensando, porque as pessoas querem tanto provar que são felizes para os outros? Você não acha muito mais divertido a gente ter aqueles ótimos momentos com a pessoa que gosta, e deixar guardado para conversas como essa? Ah amor, olha essa vista. Lembra como a gente costumava a sentar aqui nesse mesmo banquinho de madeira, quando o sol já estava se pondo atrás daquelas três montanhas enormes bem no fundo, consegue ver? E você me contava como adorava esse lugar, que te lembrava sua cidade natal. Você não ama relembrar momentos assim? É impressionante como as coisas marcam na nossa cabeça né? Tanto os momentos bons quanto os ruins. Pode ser o cheiro, a vista, o modo como a luz do sol bate, as cores. Pra ser feliz a gente precisa de tão pouco, mas tão pouco... Porque será que as pessoas cobram tanto da felicidade? Eu fico indignada com esse mundo. Sabe o que me faz feliz? Sabe o que deixa meu espírito tranquilo? O sossego. Esse lugar me faz feliz. Essa casa no meio do nada, o dia comprido, o sol quente, a sensação de preguiça, as cores claras, o chão de madeira, a comida caseira, as montanhas, o lago, o simples. Você. Você concerteza me faz muito feliz. Principalmente assim, do meu lado, compartilhando essa vista maravilhosa, compartilhando lembranças. E eu lhe agradeço, meu amor, por ter me feito enxergar o que era a real felicidade. Bom, eu sei, já falei demais. Mas antes de entrarmos, antes de irmos jantar, segure minha mão. Segure-a forte, deixe os dedos entrelaçarem, como costumava ser, e me dê mais um momento curto de felicidade, meu amor. Vamos ser felizes juntos, se dá mais ainda.