sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Meu Amor

Amor, senta aqui do meu lado por um instante, eu tenho coisas a dizer. Sabe, eu andei pensando, porque as pessoas querem tanto provar que são felizes para os outros? Você não acha muito mais divertido a gente ter aqueles ótimos momentos com a pessoa que gosta, e deixar guardado para conversas como essa? Ah amor, olha essa vista. Lembra como a gente costumava a sentar aqui nesse mesmo banquinho de madeira, quando o sol já estava se pondo atrás daquelas três montanhas enormes bem no fundo, consegue ver? E você me contava como adorava esse lugar, que te lembrava sua cidade natal. Você não ama relembrar momentos assim? É impressionante como as coisas marcam na nossa cabeça né? Tanto os momentos bons quanto os ruins. Pode ser o cheiro, a vista, o modo como a luz do sol bate, as cores. Pra ser feliz a gente precisa de tão pouco, mas tão pouco... Porque será que as pessoas cobram tanto da felicidade? Eu fico indignada com esse mundo. Sabe o que me faz feliz? Sabe o que deixa meu espírito tranquilo? O sossego. Esse lugar me faz feliz. Essa casa no meio do nada, o dia comprido, o sol quente, a sensação de preguiça, as cores claras, o chão de madeira, a comida caseira, as montanhas, o lago, o simples. Você. Você concerteza me faz muito feliz. Principalmente assim, do meu lado, compartilhando essa vista maravilhosa, compartilhando lembranças. E eu lhe agradeço, meu amor, por ter me feito enxergar o que era a real felicidade. Bom, eu sei, já falei demais. Mas antes de entrarmos, antes de irmos jantar, segure minha mão. Segure-a forte, deixe os dedos entrelaçarem, como costumava ser, e me dê mais um momento curto de felicidade, meu amor. Vamos ser felizes juntos, se dá mais ainda.

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