quarta-feira, 31 de julho de 2013

simplificando

Hoje eu acordei sabendo que havia alguma coisa errada, seja comigo, com o dia, com o clima. Algo não estava girando conforme as demais engrenagens e me incomodava. Preciso por os pensamentos em ordem para que consiga encontrar e enfrentar o malfeitor que está travando a minha paz e o choro na minha garganta. Sinto muito se o texto sair meia boca ou muito íntimo, mas sei que é a única opção e o melhor remédio paras as minhas mágoas indecifráveis, que já não aguento mais viver em suas companhias. Será narrado em terceira pessoa, pois quero ter um olhar mais amplo da situação.

As unhas vermelhas lascadas apoiavam sobre o teclado do computador, indecisas sobre os comandos do cérebro, escrever ou não escrever. Na realidade, a decisão tomada era de passar para o papel tudo aquilo que a afligia, pois era assim que ela se encontrava, que se entendia. Havia um turbilhão de mensagens em sua cabeça, decidindo qual seria a melhor forma de começar esse auto retrato de seus medos. Nunca havia feito algo mais difícil. Começou:
"Hoje eu acordei sabendo que havia alguma coisa errada, seja comigo, com o dia, com o clima."
Parou. Quantas vezes havia tido essa mesma sensação, só naquele ano? As marés de tristeza iam e vinham, num espaço de tempo não regulado. Haviam dias que ela acordava bem, ansiosa para ver as pessoas que há tanto tempo divida amizade. Mas sempre tinha algo de errado, algo faltando. Quando eram dias de mau humor, de choro preso na garganta e uma tristeza devastadora, também havia esse algo que deveria estar ali e não estava. Será aquela pessoa de cabelos escuros, sentado na última fileira, de olhar sonolento, o motivo para essa sensação? Sim, infelizmente. Depois de tudo que ela havia passado, de todas as alfinetadas e punhaladas que ela havia levado, ainda sim sentia aquele desejo incontrolável de o ter só pra ela, gurda-lo a sete chaves em sua caixinha na estante.
Havia também o peso de um grande arrependimento, que lá no fundo ela sabia que era bobagem, mas como convencer seu cérebro a esquecer de algo ruim? As coisas ruins nunca são esquecidas, a não ser que você as supere. Ela não havia superado, pensava nisso todos os dias e se culpava. Já havia ouvido dos amigos que aquilo não era motivo para perder sono, mas quem mandou nascer com essa alma teimosa? Ela se corrompia por dentro, sem necessidade alguma. Mas que grande perda de tempo! Além de que, é também uma tremenda burrice. Tanta coisa pra se preocupar, ela ia justo no ponto que quase ninguém notava.
Alguém, por favor, salve essa menina dos dias de mormaço. Que seja ensolarado, quente, aconchegante, seguro e feliz. É tão simples.




quarta-feira, 17 de julho de 2013

Tentando achar inspiração até no buraco da minhoca. As vezes nem lá sou bem vinda.

domingo, 14 de julho de 2013

It happens to be you the guy that I always remember when I think about...not love, but romance. When I see couples together, or I watch and listen some kind of romantic story, I always think about how it would be if it was me and you, sharing those moments. But then I remember what I did to you, how it was embarassing and the way I felt rejected and lonely when I heard the things you said about me. I wasn't expecting that kind of reaction, I was expecting totally the oppositive, that you would say, in some kind of way, all the things I wish you had said to me long time ago. Because I created a scene that would be perfect for that. And you just turned around and left me alone. I don't know why I still think about you with my heart full of desire, but I still imagine how it would be nice if we were together. But, at the same time, I don't wanna be with you, because of how you treated me before, and how I realised that I wasn't the girl of your dreams, the angel from your nightmares, your burning desire and all this bullshit you have always been to me. It's feels like my heart is almost all distroyed and broken, just resisting from a tiny line, the hopeless hope. Who will break it up? Me? You? Destiny? I wish things wasn't this complicated.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

I'm tired of feeling like I'm fucking crazy

Eu tinha tudo planejado, tudo organizado em arquivos, de A a Z. Codifiquei os mais diversos sentimentos, pensamentos, dúvidas. Diagnostiquei minhas angústias, tratei-as, virei psicóloga antes da hora. Precisava de alguém e, mesmo sabendo que poderia contar com outros, queria ouvir meus próprios conselhos, queria resolver tudo sozinha. Mas parece que quando a gente acha que tem tudo sobre controle, quando os fatos resolvem seguir a trilha dos tijolos amarelos (a qual sempre foi minha preferida), o mundo desanda, vira do avesso. 
Sempre tem que acontecer o inesperado, se não a vida não tem graça. Eu gosto de ser surpreendida, de ter algo a mais remexendo minha cabeça de noite, de ter uma história pra contar (e pra escrever). Realmente, tudo fica mais selvagem, mais espontâneo, não dá pra ter controle sobre tudo. Mas aí acontece o que você sempre evitou, porque sabia que machucaria, que haveria arrependimento. Mas você fez mesmo assim. E agora não vai ser sua psicóloga particular que vai botar tudo de volta nos trilhos, muito menos o seu próprio esquecimento. O que vai normalizar, que vai acalmar esse sentimento de vergonha e arrependimento, é o próprio tempo e os contrastes da vida. Um dia haverá situações piores e pessoas mais importantes pra se ocupar. Aí a organização pode voltar, a codificação e toda essa camuflagem da menina que tem medo de sentir.