terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As vezes essa dúvida fica martelando na minha cabeça, me impedindo de pensar naturalmente, e isso me deixa com a mente insana. Todos os dias, tarde da noite, passa pela minha cabeça que talvez eu não me conheça completamente, eu fico com medo de não saber o que eu sou, do que eu gosto. Eu não sei, de verdade. Eu não tenho decisões, eu não penso nada sobre nada, não tenho opinião, eu não tenho um estilo. Eu sou um ser indiferente. Porém, eu sei o que acho certo, sei o que é errado, sei se as pessoas estão no rumo certo ou não. Eu só queria saber meu estilo, não descobri um ainda. Talvez eu seja do tipo simples, delicado, nada vulgar, romântico. Mas me fascina muito um estilo largado, eu sou meio largada, me fascina aquelas pessoas meio indianas, meio espirituais, simples e alternativas. Talvez eu seja assim, só não consigo enxergar isso ou tenho medo que os outros enxerguem. Sou envergonhada pra tudo, é meu maior defeito. Mas esse ano eu decidi que não vou ser mais assim, vou ser feliz do meu jeito.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Live and let live

Já pararam pra pensar que talvez nós estivéssemos preocupados demais com os detalhes de tudo? "O importante é ser feliz", essa frase na verdade não é muito concreta, porque existem mas e poréns entre ela. "Ser feliz é amar o simples", "ser feliz é fazer o que gosta"... não é bem isso, a gente nunca vai conseguir seguir essa única frase e levar ela pra vida toda, por mais que a gente tente, as coisas vão muito mais além do que isso. Eu andei pensando, o ser humano não consegue ser simples, a cabeça do próprio é cheia de complicações e pensamentos contraditórios por natureza, o que faz tudo muito mais difícil de se enfrentar. A gente nunca vai conseguir ser simples, somos complexos. Talvez a solução seja pensar menos, deixar as coisas fluirem, e pensar que tudo tem seu rumo, deixar a vida levar. Outros dizem que devemos construir nosso futuro, é óbvio que não dá pra ficar parado e deixar o mundo correr. É, a solução não é exata, o jeito é fazer o que achamos correto e o melhor pra nós, viver o hoje, com a consciência limpa e a alma em harmonia. Só viva.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Meu Amor

Amor, senta aqui do meu lado por um instante, eu tenho coisas a dizer. Sabe, eu andei pensando, porque as pessoas querem tanto provar que são felizes para os outros? Você não acha muito mais divertido a gente ter aqueles ótimos momentos com a pessoa que gosta, e deixar guardado para conversas como essa? Ah amor, olha essa vista. Lembra como a gente costumava a sentar aqui nesse mesmo banquinho de madeira, quando o sol já estava se pondo atrás daquelas três montanhas enormes bem no fundo, consegue ver? E você me contava como adorava esse lugar, que te lembrava sua cidade natal. Você não ama relembrar momentos assim? É impressionante como as coisas marcam na nossa cabeça né? Tanto os momentos bons quanto os ruins. Pode ser o cheiro, a vista, o modo como a luz do sol bate, as cores. Pra ser feliz a gente precisa de tão pouco, mas tão pouco... Porque será que as pessoas cobram tanto da felicidade? Eu fico indignada com esse mundo. Sabe o que me faz feliz? Sabe o que deixa meu espírito tranquilo? O sossego. Esse lugar me faz feliz. Essa casa no meio do nada, o dia comprido, o sol quente, a sensação de preguiça, as cores claras, o chão de madeira, a comida caseira, as montanhas, o lago, o simples. Você. Você concerteza me faz muito feliz. Principalmente assim, do meu lado, compartilhando essa vista maravilhosa, compartilhando lembranças. E eu lhe agradeço, meu amor, por ter me feito enxergar o que era a real felicidade. Bom, eu sei, já falei demais. Mas antes de entrarmos, antes de irmos jantar, segure minha mão. Segure-a forte, deixe os dedos entrelaçarem, como costumava ser, e me dê mais um momento curto de felicidade, meu amor. Vamos ser felizes juntos, se dá mais ainda.