quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Desabafo

Aquele sentimento de que não estou fazendo meu melhor me rodeia na noite quente de quarta. O calor ao mesmo tempo que me aquece e me conforta, traz calafrios que descem pelo pescoço. A vida parece ser tão injusta. O certo, e o que acontece com as pessoas a minha volta, é que quando você tenta, você alcança. Porque será que comigo é diferente? No meu mundo, tentar é dar o meu melhor e ainda assim não ser boa a nível de destaque. As vezes eu tenho muita vontade de ser ponto de referencia. Não com o propósito de chamar atenção, mas principalmente por ter um trabalho reconhecido. Quero ser reconhecida. Quero ser boa, quero me superar, quero ser especial. Porque nunca tive direito de um sentimento assim? Sou normal demais. Normal. Que nem chuva de verão, intervalo político que todo mundo olha e boceja, arroz com carne e filme do Tim Burton com o Jhonny Depp. Só normal, a mesma coisa. Isso me deixa chateada, me faz querer chorar e transparecer, gritar pro mundo que eu to triste. Mas como qualquer pessoa comum, guardo pra mim mesma, sento no escuro e fico lá, até passar. Da vontade de desistir, ser fraca, pegar os papeis e rasgar em mil pedaços. Mas aí o lado bom do meu subconsciente me diz pra continuar tentando, mesmo que eu não seja a melhor. Continuar tentando pra eu acompanhar a multidão. Não tem sentimento pior do que o de ser deixado pra trás, o de ser o pior. Vou dormir, amanhã é um novo dia e nova chance de recomeçar, parar de sofrer e seguir com a vida. Tchau.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A vida é tão bonita e interessante. Mais que isso, assim como a natureza, a perfeição está estampada nos seres vivos. Acredito (ou tento acreditar) que o homem seja bom, que seus instintos e sentimentos são puros, e que o que os torna gananciosos e sem amor é a própria condição da sociedade. Talvez o mundo era pra ser do jeito que é, poluído, com pessoas agindo de forma desumana e tudo fora dos eixos. Talvez esse seja um comportamento já esperado do ser humano. Talvez, ainda, isso acontece porque o mundo realmente precisa se renovar, e isso é impossível de acontecer sem que algo se esgote e acabe. A minha teoria sobre o fim do mundo é essa: os próprios seres humanos acabarão com a vegetação e com tudo que nos é necessário para a sobrevivência. Isso poderá levar milhões de anos, já que nossa espécie é a que mais luta pela sobrevivência, a que mais teme a morte, naverdade, a única que tem consciência dela. Eu não temo a morte. Eu não temo a vida. Eu não temo doenças. Meu coração está em Deus, a força divina que gerou tudo isso. Minha alma está guardada, junto com toda a minha família e ancestrais. Eu realmente não tenho o que temer, estou em boas mãos, tanto aqui quanto lá. Vivo minha vida do jeito que acho me traz amor e felicidade, não preciso de mais nada.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Eu não agüento mais esses pensamentos que sobem na minha cabeça e não são completos, são apenas trechos inacabados que eu me recuso a pensar. Porque minha cabeça não é mais vazia e simples que nem de muita gente? Porque eu tenho que pensar tanto? Um dia ainda vou ser internada num hospício por não conseguir viver na própria companhia. E tudo por causa dessa pessoa que me atormenta todos os dias da semana. Eu fico nesse dilema eterno de desistir ou me entregar, e ele não ta facilitando. As vezes eu preferia que ele simplesmente desaparece da minha vida, seja nas redes sociais, seja de espaço, de ares, de tudo. Eu ia sofrer? Ia, e muito. Ia ficar correndo por aí alucinando que ele tinha passado na rua, que tinha ouvido sua voz. Tudo mentira. Tudo minha cabeça pregando peças nos meus sentimentos. A culpa não é só dele, que ou é muito indeciso ou não da a mínima pra mim. A culpa é mais minha, que não consegue criar forças pra desistir. Eu preciso de apoio. Seja moral ou espiritual. Pela primeira vez na vida eu preciso que alguém me diga o que fazer.