terça-feira, 25 de junho de 2013

ódio a fugacidade

A juventude é a mais pura e inocente forma de vitalidade. São as descobertas, o reconhecimento e aquele toque de ingenuidade despercebida, ao achar que já sabemos tudo o que deveríamos saber, sentido-nos adultos antes da hora. A beleza de sentir e compartilhar de tudo com todos, sentir-se especial e diferente em meio a tantos iguais. Discutir por horas a fio algo inútil e desnecessário, fazendo cara de sério e com a intenção de que aquilo precisa ser resolvido pois é muito importante. Ser inconsequente, desajuízado, aprontar, desobedecer as autoridades e sentir-se livre. Liberdade, êxtase da juventude. Ela que dá sentido as nossas vidas. Lutamos por ela, juntos, numa união. Certo dia ficamos velhos e preferimos nos trancar em um apartamento e trabalhar de terno. Porque? Porque a gente esquece de ser livre? A gente se acomoda, é isso. Vê que a vida é difícil, que não vai dar pra sair e badernar pelo resto da vida, aí resolve virar chato e seguir o fluxo. Pensando agora, com meus doces 16 anos, prefiro trabalhar de garçonete do que me entregar pro mundo que meus pais se entregaram. Penso que vou lutar até o final pelo direito de uma vida colorida. Pensando por outro lado, eu posso colori-la como e quando bem entender. O que é dinheiro perto de uma mente azul turquesa? Ah, 16 anos, solte a âncora e fique por quanto tempo quiser.

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