quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Odeio drama.
Odeio os dias solitários e a sensação de um coração se dissolvendo no meu corpo, feito água.
Odeio os dias em que o azar parece uma bola de neve descendo o morro que bate nas minhas costas e atropela todo meu bom humor.
Odeio sentir ciúmes.
Odeio me sentir incapacitada.
Odeio saber que alguns amigos não são mais amigos.
Odeio os momentos em que tenho que fingir ser alguém que eu não sou, só para manter amizades.
Odeio não ser correspondida.
Odeio não conseguir corresponder aos outros.
Odeio meus conflitos internos.
Odeio os dias quentes demais.
Odeio o uniforme da escola.
Odeio me sentir gorda.
Odeio me imaginar sozinha no mundo.
Odeio essa sensação de choro preso.
Odeio não ser simpática.
Odeio me apegar as coisas e as pessoas.
Odeio me sentir fora de alguns assuntos.
Odeio ser esquecida.
Odeio não ser ouvida.
Odeio não receber valor.
Odeio ter medo de não passar no vestibular.
Odeio o jeito como a sociedade vive.
Odeio que não deem valor a natureza.
Odeio gente hipócrita.
Odeio as vezes ser hipócrita.
Odeio quando meu dia passa de muito bom para desastre total.
Odeio o modo que esse medo as vezes atrapalha a minha vida.
Odeio pagode e sertanejo.
Odeio quando minha mãe canta no carro de manhã.
Odeio a sensação de que perdi meu tempo.
Odeio bloqueios de criatividade.
Odeio não poder ter tudo o que eu quero.
Odeio não conseguir me destacar dos outros.
E eu odeio, acima de tudo, permitir que coisas inúteis como essas estraguem o meu dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário