sexta-feira, 5 de abril de 2013

new perspective

Meus olhos tentam ao máximo manter o foco do que está a minha frente, no meio tempo meus ouvidos assustados detectam qualquer conversa que comprometa a felicidade do meu coração. Meu cérebro continua me dizendo as mesmas frases de primeiros socorros caso eu venha a ouvir o que eu tanto temia. E o que tanto dói no meu coração. Seria mais fácil se eu simplesmente pudesse construir um muro de concreto ao meu lado, que impedisse casos futuros de decepção. E de angustia. E de saber que aquelas palavras são as mais simples verdade, e que de novo eu sou só alguém cansada, complicada demais para se dar valor, que finge que está bem quando naverdade a dor é tamanha que...
É. De novo eu vou quebrar a cara, de novo o futuro, os meus sonhos, minhas vontades mais inocentes e merecidas vão ser jogadas contra a parede e esquecidas na escuridão. Enquanto eu tento assimilar todos esses pensamentos, eu sinto que alguém ao meu lado está vivendo o que eu lutei por anos, tão facilmente quanto piscar os olhos, sorrir, torcer o cabelo cheio e comprido nas costas, falar baixinho e insinuar. Eu tentei, eu tento. Mas eu não sou isso, eu infelizmente não nasci com o ar da graça de conquistar só por existir.
Mas no final das contas, eu não queria tanto isso, né? Pode ficar. Magina. Não foi nada. Só foram três anos de ilusão, de tentativas frustradas, de choro preso garganta, de ciúmes, de sonhos que eram apenas sonhos. Três anos de sorrisos bobos, de diálogos que nunca existiram, de exaltação e felicidade frenética por um simples abraço, um toque na mão, uma carta de aniversário. Três anos de amizade, e só isso. Eu sei que você quer a mesma coisa que eu, eu sei que você tem a chance que eu nunca tive, eu sei que você ta sentindo a felicidade que eu sempre quis sentir. Então ta, se for pra ser assim, que seja o quanto antes. Eu vou virar a cara, vou fingir que não dói, vou fugir do espaço, vou amar outras coisas. Vou ser eu, vou viver por mim, vou olhar pro que me interessa, vou viver a vida que eu esqueci que existia. Desejem-me sorte.

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