quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Realidade ilusitória

É rir pra não chorar. Não é assim que dizem? Foi assim que me disseram. Você ri, enterra no depósito cardíaco o sofrimento e as desilusões, segue a vida. Engana-te. Da risada e finge, pretende, esquece, cai na folia. A gente vive assim, não é? Evitando os problemas, transformando-os em fantasmas parabólicos. Eles continuam ali, mas você os esquece, até quando der, até quando a vida permitir. Acho que vou chorar. Chorar pra esquecer, pra enfrentar a realidade, pra mudar o presente. Quem ri sem ter graça é ator, é quem encena. Eu vivo na vida real com o relógio me dando chicoteada nas costas. Não tenho tempo pra isso.

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