sábado, 16 de novembro de 2013

Preces

Tem tanta coisa nesse mundo que poderia, de alguma forma, encaixar-se nesse meu coração incompleto. Estou farta de procurar alucinadamente no calar da noite, no barulho das teclas do computador (máquina perversa, fonte de dores e contentamentos momentâneos), no céu límpido, no calor da primavera. Nenhuma dessas maravilhas mundanas trouxeram o espasmo de que eu tanto falo, tanto busco. O cotidiano tem-se feito no progressivo aumento das olheiras e das incertezas de um futuro promissor. Lembro-me de que ano passado eu havia formulado um lema e pensara em pendura-lo na parede do meu quarto. "Não tenhas medo de viver a vida dos teus sonhos." Medo, eu sei que não tenho, mas e quanto as oportunidades, o destino, ou até mesmo aquela pitada de sorte que nunca me acompanha? Se sou escassa nesses elementos, que chance tenho eu de viver a vida que almejo? Eu só desejo, do fundo do meu coração, que Deus, Shiva, Jah, Budda, o destino, o cosmos, a sorte, a natureza e meu consciente estejam dispostos a trabalhar em sintonia para que o esforço não tenha sido em vão, que eu seja merecedora. Se não for, se realmente a vida está guardando algumas lições e sermões na manga, que seja. As lagrimas tendem a secar sozinhas.

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